CANGUÇUENSES FAZENDO HISTÓRIA... BRINQUERS

 

Gustavo e Alexandre Nunes  - Foto: Emerson Foguinho DP

O Rio Grande do Sul ainda vai ouvir falar muito destes 2 irmãos Canguçuenses : Alexandre Nunes ( Médico Anestesista ) residente em Porto Alegre e Gustavo Nunes ( Advogado ) , que retornou a sua terra natal, e que estarão em breve realizando um grande e belo sonho...revivendo de forma lúdica as brincadeiras de milhares de gaúchos da minha geração....com a criação da BRINQUERS - Empresa criada especialmente para a produção de miniaturas de soldadinhos e seus cavalos, que irão reviver todas as batalhas realizadas no Rio Grande do Sul...e que terá sua sede aqui em Canguçu - RS.

 

“Tudo começou há sete anos, quando o Alexandre brincava com o filho Bruno,  com o antigo Forte Apache, brinquedo muito usado nas décadas de 1970 e 1980, que havia sido presenteado pelo tio e padrinho Gustavo. Diante da contradição de difundir entre as crianças uma cultura que não é a nacional e percebendo a possibilidade de levar a cultura gaúcha a lugares em que ela não tinha penetração, dentro e fora do Estado, começou um longo trabalho de elaboração do projeto, dizem os inventores. Entre a pesquisa sobre as guerras até a fase da industrialização, foram seis anos, contam.

 

Concepção da ideia

Os brinquedos Forte Apache, fabricados pela indústria de brinquedos Gulliver e inspirados no velho oeste americano caíram no gosto dos meninos a partir dos anos 1970 até 2003 e foram sucesso por mais de 40 anos. No entanto, o espírito inquieto destes dois irmãos resolveu transportar para este brinquedo tão corriqueiro, de sua infância e de seus filhos, as lutas dos gaúchos e transformar em cultura regional um brinquedo que propagou a realidade americana, tão distante dos brasileiros.

Mentalmente, eles transportaram para os cavalos, soldados e índios, a figura dos heróis do Rio Grande do Sul que protagonizaram ou tiveram participação ativa em batalhas e guerras pelo Brasil e por países vizinhos. “No início tínhamos o objetivo de reproduzir apenas a Revolução Farroupilha, mas com a produção dos primeiros protótipos foi constatado o profundo desconhecimento do gaúcho pela sua história”, diz Alexandre.

Segundo ele, mais de 90% das pessoas que olhavam as miniaturas se referiam aos personagens da Revolução Farroupilha (1835-1845) como chimangos e maragatos, que foram protagonistas da Revolução Libertadora de 1923. A maquete, que retrata uma batalha rio-grandense e que foi esposta no Acampamento Farroupilha ( Semana Farroupilha de 2013 ) à convite da Acamparh, é uma homenagem à cidade natal dos dois irmãos, Canguçu. “O capão de mato de araucárias representa a nossa terra, que é o limite sul da floresta de araucárias. Os combatentes representam os que proclamaram a República Rio-grandense no Seival, 25% da tropa era de canguçuenses”, recordam.

Eles contam que a bandeira do Rio Grande do Sul foi carregada pela primeira vez, em público, pelo canguçuense Joaquim Teixeira Nunes, considerado o maior lança farrapa. “Canguçu nesta época pertencia a Piratini, a Capital Farroupilha”, dizem.

Produto final. O primeiro produto da Brinquers é a coleção “Revolução Farroupilha e as Guerras Gaúchas”, que conta a epopéia dos confrontos bélicos do povo gaúcho, apesar da orientação do marketing de que deveriam fazer apenas a Farroupilha. Foi criada uma carga de cavalaria com oito cavalarianos, cada lanceiro representa uma guerra, salvo o lanceiro negro, que se faz presente desde a Invasão Espanhola (1763-1776), quando Rafael Pinto Bandeira com seus lanceiros negros perseguiram os espanhóis até Maldonado e Montevidéu, conta Alexandre. No total foram pesquisadas e divulgadas no site  da Brinquers 14 guerras gaúchas em uma linha do tempo.

Objetivos

O projeto tem como objetivo promover a cultura gaúcha e fazer com que as crianças do Rio Grande do Sul se identifiquem com seus super-heróis, pessoas de carne e osso que comiam o mesmo churrasco, tomavam o mesmo chimarrão e deram a vida por esta terra, dizem. “Assim formaremos pessoas que se preocupam com os seus semelhantes e se dedicam ao nosso amado Rio Grande, pois só amamos as coisas que conhecemos”, diz Alexandre.

 

A fabricação é chinesa, fato que foi alvo de inúmeras críticas, segundo eles, que chegaram a buscar mão de obra local, mas não encontraram, lamentam. Inicialmente eles importaram 100 mil caixas, o equivalente a 12,5 mil coleções completas. Para completar uma coleção é necessário adquirir oito caixas. Cada caixa,  traz dois cavaleiros, seus cavalos e suas armas.
Segundo eles, o cavalo da cavalaria é inspirado no cavalo crioulo primitivo. A cavalaria gaúcha é composta por dois oficiais e seis lanceiros (um lanceiro negro e outros cinco em que cada guerra está representada pela vestimenta dos soldados).

 

Fonte :http://www.diariopopular.com.br/tudo/index.php?n_sistema=3056&id_noticia=NzM5OTU=&id_area=Mg==

INVASÃO ESPANHOLA DO RIO GRANDE DO SUL 1773

 Um exército Espanhol com mais de 3000 homens invade o Rio Grande do Sul e o General gaúcho, Rafael Pinto Bandeira, com aproximadamente 100 homens se transforma em uma verdadeira lenda.

 

Segue o resumo de uma das 16 guerras gaúchas que estarão no site da Brinquers.

 

 

Em 1773 a Capitania de São Pedro do Rio Grande do Sul estava com 2/3 do seu território dominado pela invasão Espanhola há 10 anos. Uma força militar de mais de três mil homens, sob o comando do governador de Buenos Aires, Don Juan José de Vertiz Y Salcedo, marchou sobre o Estado. Seu objetivo era apoderar-se de todo o Rio Grande, para isto teria que ocupar Rio Pardo (298 soldados), Porto Alegre ( 27) , São José do Norte (387) e acabar com as guerrilhas de Rafael Pinto Bandeira com base na serra dos Tapes (Canguçu).
Desde o início da invasão começou a brilhar o Capitão de Dragões Rafael Pinto Bandeira, que se tornaria o primeiro general gaúcho. Não bastava o grande exército espanhol vindo do sul, chega à notícia que outra força invasora, do comandante Don Antônio Gomes, vinha pelas Missões com seiscentos homens.
Ao saber que as tropas invasoras marchavam em direção a Rio Pardo, Pinto Bandeira comandando uma pequena coluna de 100 homens parte para tentar impedir a união das duas tropas espanholas. Na madrugada do dia 3 de jan de 1774 ocorre a batalha de Santa Bárbara, Pinto Bandeira ataca de surpresa o acampamento de tropa de Don Antônio Gomes, destroçando os invasores que vinham pelas Missões.
No dia 10 de jan de 1774, a vanguarda do exército de Vertiz que vem pelo sul com quatrocentos e quarenta espanhóis, sob as ordens do Coronel Don Zabala são atraídos por uma hábil manobra de Pinto Bandeira que com cem soldados dividiu suas forças e, aparecendo por detrás de uma coxilha, com vários soldados, atraiu os espanhóis em sua direção. Sem conhecerem o terreno, os homens de Zabala caíram num pantanal existente entre a posição que ocupavam e a coxilha, ficando imobilizados, o restante dos soldados contornam a coxilha e deixam os invasores entre dois fogos. Assim, foram vencidos no chamado Combate do Tabatingaí (Pantano Grande).
Enquanto isso, Governador de Buenos Aires acampou na margem direita do Rio Jacuí e exigiu a rendição do Forte de Rio Pardo. Foi informado que era necessária a autorização do Governador José Marcelino de Figueiredo que estaria em Porto Alegre, assim no dia seguinte, sabendo que não tinham forças suficientes para a defesa resolveram usar uma estratagema. Fingiram que estavam chegando reforços, cavaleiros arrastavam galhadas para aumentar a poeira simulando uma grande tropa, embandeiraram a Fortaleza, colocando bem à vista seus canhões (alguns já sem nenhuma capacidade de combate), desferindo salvas com as peças que ainda estavam funcionando e movimentando os soldados nas muralhas ao som de tambores e clarins.
Vertiz fica sabendo das derrotas em Santa Bárbara e Tabatingaí, intimidado pelo aparato bélico do Forte, pois anteriormente tivera informações de que o mesmo estava com suas peças de artilharia encravadas e com poucos defensores, os Espanhóis iniciam a retirada sempre molestados por Pinto Bandeira. Este na passagem do Rio Camaquã,acossa-os duramente.
No ano seguinte Pinto Bandeira toma o Forte São Martinho dia 31 out 1775, Forte Santa Tecla (Bagé) 25 jan 1776 e enfim com o apoio de um grande exército em 1 de abril 1776 tomam a Vila de Rio Grande que possuía oito fortificações. Assim, garantindo o território e transformando Rafael Pinto Bandeira em um herói Brasileiro.

 

 Alexandre Nunes (Revisão histórica)

 

 Em breve as MINIATURAS das Guerras Gaúchas estarão no mercado, mas serão vendidas primeiramente para os cadastrados, imagens das miniaturas no nosso FACE.
Cadastre-se - WWW.BRINQUERS.COM.BR
 

 

ERVA MATE - UMA NOVA MATRIZ PRODUTIVA PARA CANGUÇU...

Identificação de árvores nativas de erva mate em 11 municípios pode ser o primeiro passo para uma nova opção de renda aos agricultores.

Preços pagos ao produtor estão acima da média histórica, com o quilo da folha sendo comercializado a R$ 1,30.

 

A mata fechada nas localidades de Herval e Solidez pode ter abrigado durante décadas aquilo que será uma nova matriz produtiva na Região Sul. Na última semana, o técnico agrícola Sérgio Pasa percorreu dezenas de propriedades no 2º Distrito, em localidades como Herval e Solidez, em busca de plantas de erva-mate. 

Um dos agricultores visitados é Mário Scherwinski. Aos 68 anos, ele conta que a região já foi povoada por pés de Ilex Paraguariensis, nome científico da erva. A planta era considerada uma importante fonte de renda para os moradores da região.

– Na Colônia Triunfo havia muitas dessas árvores. Elas nasciam ‘por conta’, ninguém plantava. Cada colono tinha um secador e o pessoal costumava moer com um facão de madeira – recorda.

O agricultor chegou a tomar chimarrão da erva nativa da localidade.

– Era uma erva bem grossa. Os colonos enchiam a carroça e saíam a vender, de armazém em armazém – conta.

O projeto do Governo Estadual está em fase inicial, conforme explica Sérgio Pasa, que atua junto à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Agronegócio. O técnico agrícola tem viajado pelo interior de municípios da região em busca de sementes.

– Estamos correndo contra o tempo, porque as sementes já entraram na fase de amadurecimento e precisam ser colhidas – explica.

Depois de recolhidas, as sementes passarão por um processo técnico, em parceria com a Prefeitura, para a produção das mudas. A busca por sementes nativas de cada localidade se justifica diante da garantia de adaptação ao terreno e pela qualidade das plantas.

Para o agricultor Adolfo Griep, a procura por variedades nativas do município é fundamental. Ele conta que a tentativa de produzir erva mate a partir de sementes de outras regiões já foi testada em sua propriedade e não funcionou.

– Há muitos anos a Emater distribuiu mudas. Plantei dez pés e nenhum cresceu. Aquela variedade não se adaptou à nossa região. Tem gente que plantou 150 mudas e também não deu certo – analisa Grip, que mantém em sua propriedade algumas árvores da variedade nativa com mais de 20 anos.

As plantas, que com manejo variam entre 3 e 5 metros, podem alcançar até 25 metros se crescerem junto à mata, sem interferência humana. 

 

Diretor Executivo do Ibramate ministra curso em Canguçu

De terça a quinta-feira (27), quinze alunos participam do curso de produção de mudas e implantação e manejo de ervais, realizado nas dependências do Sindicato Rural. As aulas são ministradas pelo engenheiro florestal e instrutor do Senar, Roberto Ferron, que também é diretor executivo do Instituto Brasileiro da Erva Mate.

 

Nome da localidade seria uma referência à antiga produção

Desde que começou a trabalhar na Rádio Comunitária Kerb, em Herval, o repórter Marcos Schwab ouve histórias sobre a origem do nome da localidade.

– Os moradores mais antigos falam que aqui havia muita erva mate e que por isso o local passou a ser conhecido como ‘Herval’ – relata.

A versão é confirmada por vários fumicultores da região, como Rudi Bubolz. O agricultor ainda mantém em sua propriedade antigos pés de erva mate e comemora a possibilidade de ver a localidade se tornar um novo polo produtivo.

– Se a região voltasse a produzir erva seria muito bom. Inclusive para mim, que tomo mate três vezes por dia – diz, bem humorado, com a cuia de chimarrão nas mãos.

Os motivos que levaram ao fim do ciclo produtivo em Canguçu e nas cidades da região são desconhecidos até mesmo para especialistas no assunto. É o caso do diretor executivo do Instituto Brasileiro da Erva Mate, Roberto Ferron, que pesquisa o assunto há mais de vinte anos. Ferron, que é engenheiro florestal, falou com exclusividade ao jornal Canguçu On Line nesta terça-feira (25).

– Pela bibliografia que tenho pesquisado, posso garantir que essa região foi um grande polo produtor nas décadas de 1930 e 1940. Porém, o que levou ao declínio daquela produção ainda não sabemos – pontua.

 

Cidades da região onde já foram encontradas mudas nativas

Arroio do Padre, Camaquã, Canguçu, Cristal, Dom Feliciano, Morro Redondo, Pelotas, Piratini, São Lourenço do Sul, Tapes e Turuçu.

O ciclo da produção 

Cada muda leva em média 4,5 anos para iniciar a produção. O ciclo pleno é alcançado aos 8 anos. 

Mercado em alta

Conforme o diretor do Ibramate, Roberto Ferron, os preços pagos ao produtor estão acima da média histórica. O valor da arroba chega a R$ 20, ou aproximadamente R$ 1,30 pelo quilo da folha. No segundo semestre de 2013 os preços foram ainda mais altos, com a arroba alcançando R$ 32.

– A tendência do mercado é de que o valor atual seja mantido, o que considero um preço justo para produtores, indústria e consumidores. Estamos num índice muito bom, que garante equilíbrio e sustentação para a cadeia produtiva – avalia.

O setor ervateiro em números

O Rio Grande do Sul, maior consumidor de erva mate do país, ocupa o segundo lugar na produção, com 30,8 mil hectares cultivadas. Em primeiro está o Paraná, que cultiva 31,8 mil hectares. No Brasil, o plantio de erva mate ocupa 71,3 mil hectares, o que gera uma produção anual de 443.635 toneladas, extraídas de 33 mil propriedades rurais. Segundo dados do Ibramate, a atividade gera cerca de 700 mil empregos diretos e indiretos.

Os próximos passos

Depois do curso realizado em Canguçu, a ideia é expandir a atividade para outros municípios, firmando parceria com as prefeituras para a produção de mudas. A iniciativa busca transformar a região no 6º polo gaúcho de produção, o que garantiria uma nova opção de renda aos agricultores. Atualmente, o RS tem cinco regiões que se dedicam ao setor: Alto Taquari, Alto Uruguai, Nordeste, Missões e Baixo Taquari.

 

Fonte : Jornal Tradição